Desde a pandemia de 2020, muito se fala sobre como o ensino se adaptou – e continua se adaptando – para as rotinas atuais. Aulas e avaliações onlines são as grandes estrelas desse debate. Porém, pouco se discute sobre como os métodos de estudos não são os mesmos desde muitos anos antes disso. Esse é o assunto tratado no capítulo 1 de Aprendizado sem limites, o livro de Pedro Miranda sobre educação.

Antigamente os alunos pesquisavam em enciclopédias, frequentavam as bibliotecas, passavam horas lendo e relendo os livros à sua disposição. Hoje em dia, encontram uma facilidade maior em achar determinada informação com apenas alguns cliques em seus smartphones, acessando páginas, assistindo vídeos e programas jornalísticos. 

O perfil do aluno mudou juntamente com a tecnologia e, consequentemente, os métodos de estudos também. Não se pode mais pedir que o estudante passe horas sentado lendo a mesma coisa se esse não for o método que mais se adeque a ele e a sua rotina.

Outra questão importante é a distração. Todo esse acesso à informação por diferentes canais pode tanto facilitar os estudos como também pode atrapalhar, desviando o foco do aluno. Muitos passam mais tempo procurando dicas de estudos em vídeos do YouTube e nas redes sociais do que realmente estudando o conteúdo necessário.

O excesso do uso de smartphones além de impactar de maneira negativa no desempenho acadêmico, pode agravar quadros de depressão, ansiedade, estresse e baixa autoestima, além de estimular a procrastinação, a negligência de si mesmo e a alteração de humor.

Ou seja, a tecnologia pode sim ser uma ferramenta que facilite a vida e rotina do aluno mas deve ser utilizada com cuidado para que não se torne a maior vilã durante o caminho para aprovação. Deve-se conseguir alcançar uma harmonia entre o melhor método de estudos para cada perfil com as horas que o indivíduo consome do seu dia com redes sociais e meios de comunicação.