Cotas na Residência médica da UNIFESP: Uma reflexão necessária!

um estudante de medicina cadeirante conversando com uma mulher latina estudante de medicina em um campus de faculdade

Cotas na Residência médica da UNIFESP: Uma reflexão necessária!

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Por Pedro Miranda

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) implementará um sistema de cotas para seus programas de residência médica a partir de 2025. Serão reservados 20% das vagas para pessoas pretas, pardas e indígenas (PPI) e outros 20% para pessoas com deficiência (PCD). Os 60% restantes serão destinados à ampla concorrência. Os candidatos que optarem pelas vagas de cotas passarão por uma banca de heteroidentificação e análise de laudos médicos para comprovação de deficiência.

Essa medida visa aumentar a inclusão e a diversidade nos programas de residência médica da Unifesp, a maior instituição do país em número de programas de residência e a terceira maior em número de residentes. A implementação de cotas segue uma tendência observada em outras esferas da universidade e em outros programas de residência médica no Brasil, como o Exame Nacional de Residência (ENARE), que também adotou cotas para PPI e PCD em seus processos seletivos.

Vamos refletir sobre isso?

Cotas fazem sentido quando há diferença.

Defendo as cotas para acesso à universidade, pois os caminhos até lá são extremamente diferentes. No entanto, depois de ingressar na universidade, todos cursam a mesma medicina. Uma pessoa que cursou medicina na USP por cotas tem, teoricamente, a vantagem de qualidade institucional quando comparado a uma pessoa que fez uma particular sem ser por cotas. Onde está a diferença?

E as condições econômicas?

O argumento de desigualdade econômica não faz sentido nesse caso. Existem muitas pessoas que lutam para cursar a faculdade, trabalham, sustentam a família e não são cotistas. Não seria injusto com essas pessoas pensar em condição econômica? A maioria das pessoas que prestam a prova já são formadas. O valor do plantão é diferente?

40% do total de vagas, não acha muito?

Concordo plenamente com as vagas para PCD e sou a favor das cotas em diversas situações. Mas acredito que 40% das vagas totais não façam sentido. Para mim, essa política, nesse formato, ao invés de unir, segrega a população. Enfim, fica a reflexão!

E só lembrando que é uma normativa da CNRM. Então, inúmeras instituições devem seguir os mesmos passos. E você, o que acha disso?

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